Tendo em vista o aumento de casos na África da nova cepa do Mpox, uma doença infecciosa e contagiosa, esclarecemos abaixo alguns pontos para que você entenda do assunto e mantenha os devidos cuidados.
O que se sabe até agora sobre a Mpox:
- A transmissão se dá principalmente pelo contato direto ou indireto com as lesões corporais, fluidos/secreções oriundas das pústulas (“bolhinhas com pus”) e crostas ou por gotículas respiratórias;
- Risco de transmissão: neste momento, é considerado baixo, sendo inferior ao da Covid-19;
- Pode acometer qualquer pessoa, independente de orientação sexual, gênero, idade ou raça/etnia;
- Por recomendação do Ministério da Saúde, o termo “Varíola dos Macacos” não deve ser utilizado, pelo risco de estigmatização e maus tratos aos macacos. Devemos utilizar sempre Mpox;
- Geralmente é autolimitada, ou seja, tende a se resolver em um determinado período de tempo;
- Período de incubação: geralmente de 6 a 13 dias, podendo variar entre 5 a 21 dias.
Confira abaixo algumas perguntas frequentes e suas respostas para que você fique por dentro do assunto e mantenha os devidos cuidados:
1. O que é a Mpox?
Causada pelo vírus Orthopoxvírus, semelhante à varíola, mas que apresenta quadros mais leves. A princípio, foi erroneamente denominada como Varíola dos Macacos, mas teve o nome substituído pelo Ministério da Saúde, para evitar o estigma e maus tratos a estes animais.
2. Quais são os principais sintomas?
- Febre, dores no corpo e cansaço;
- Aparecimento de ínguas e lesões pelo corpo, que posteriormente viram bolhas, com duração de 2 a 4 semanas. Elas contêm um líquido rico em partículas virais, que podem contaminar outras pessoas que entrem em contato com essa secreção. Há relatos de dores fortes nas lesões.
Em indivíduos com a imunidade preservada, a doença usualmente é leve e não há tratamento específico. Para amenizar os sintomas é recomendado o uso de analgésicos e antitérmicos.
3. Como esta doença é transmitida?
Contato direto com as lesões da pele, beijos, abraços, relações sexuais (independente da orientação sexual), compartilhamento de objetos contaminados com secreções de pele e através da placenta em casos de gravidez.
4. A situação é grave?
Até o presente momento, não. A grande maioria é de casos leves e os óbitos são raros. Porém, com o avanço da doença e ao atingir indivíduos mais vulneráveis (idosos, crianças e pessoas com imunidade baixa), complicações podem ser mais frequentes.
5. Existe tratamento e/ou vacinação?
Existem vacinas contra a Mpox e temos reserva realizada pelo Ministério da Saúde, no entanto, a vacinação em massa não é uma estratégia recomendada no momento, sendo destinada apenas para um grupo de risco específico.
6. Quais são os métodos de prevenção?
- Lavar as mãos com água e sabão;
- Utilizar álcool em gel e máscaras;
- Evitar contato com pessoas suspeitas ou confirmadas para Mpox;
- Não compartilhar roupas de cama, mesa e banho e itens de higiene pessoal com pessoas suspeitas ou confirmadas com a doença;
- Higienizar os espaços de trabalho e locais compartilhados com outras pessoas;
- Para casa suspeito ou confirmado manter o isolamento por até 21 dias, a depender da evolução do caso.
7. O que fazer caso tenha suspeita de Mpox ou contato com alguém com suspeita?
- Consulte um profissional de saúde se você notar uma erupção na pele (nova ou inexplicável) ou outros sintomas de Mpox;
- Evite contato com animais de estimação, que podem transmitir o vírus da pessoa infectada através do contato com sua superfície (pele/pêlo/penas etc.), e, também, com outras pessoas (incluindo contato físico íntimo);
- Se o resultado do teste for positivo, fique em isolamento e observe outras práticas de prevenção, até que sua erupção na pele tenha cicatrizado e uma camada fresca de pele intacta tenha se formado;
- Mantenha-se em isolamento se você tiver febre ou sintomas respiratórios, incluindo dor de garganta, congestão nasal ou tosse. Só saia de casa para consultar com um profissional de saúde ou para uma emergência, e evite o transporte público.